segunda-feira, 14 de dezembro de 2015



Realizado ativismo de impacto pelos direitos animais no centro de São Paulo




Pessoas foram às lágrimas ao se depararem com ativistas do Grupo VEDDAS – Vegetarianismo Ético Defesa dos Direitos Animais e Sociedade - segurando animais mortos, em uma ação realizada na última sexta-feira (11) e sábado (12) no Viaduto do Chá, centro de São Paulo, das 12h às 15h.

Foi o caso da fisioterapeuta Fabiana Costa Muline, 22, que comentou Já ter ficado bem incomodada quando do acidente com os porcos do rodoanel e que agora se deparava com essa cena. “Eles também são seres iguais a gente”, disse chorando, e também muito sensibilizada com as falas sobre o uso dos animais na atualidade e o que acontece a eles.

A técnica de enfermagem, Silvia Almeida Santos, 46, foi outra que ficou bastante emocionada. “Nunca tinha visto uma campanha assim. Uma coisa é a gente ver na TV algo sobre animais, outra é ver assim, de perto”, declarou. “Eu fiquei tão impressionada, mas tem gente que está passando direto sem se importar com nada”, reparou. Silvia já tinha a orientação de diminuir a carne por conta de saúde, já que fez uma colectomia, e agora ficou motivada pelos animais.



O coordenador da ONG, George Guimarães, enfatizou que a ação tem o objetivo de convidar o público a fazer uma reflexão.

Os corpos dos animais foram obtidos do descarte da indústria de exploração animal, como cabeças de porco, cabeça de um bovino e de um peixe grande, vítimas do atual modo de vida alimentar. “São 70 bilhões de animais mortos a cada ano no mundo para alimentação e isso é aceito pela sociedade”, lembrou George.

Vítimas da moda (peles); vítimas da ciência (experimentação animal), vítimas de rinha; vítimas da religião, do abandono; vítimas do tráfico de animais e do desmatamento, também estavam representadas.

Os ativistas repetiram em coro, algumas vezes que: Animais não produtos, Animais não são objetos, Animais não são mercadorias. E, O que queremos? Libertação Animal; Quando? Agora; Vamos lutar por eles? Sim. Foram distribuídos folhetos sobre veganismo e orientações e conversas com as pessoas interessadas.

O ato é realizado há sete anos e  lembra o Dia Internacional dos Direitos Animais (DIDA), comemorado em 10 de dezembro.


Ana Maria Machado
15\12\2015
Em caso de reprodução total ou parcial do texto é solicitado creditar jornalista e blog

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Globais vendem suas imagens para aumentar o massacre de animais

Associar-se à divulgação de produtos antiéticos não é problema algum para apresentadores




                 Cartazes divulgam produtos que estão na geladeira em loja do Pão de Açucar




Enquanto ativistas colocam suas energias para levar a mensagem do veganismo e dos direitos animais à sociedade, artistas globais não se cansam de fazer comerciais para aumentar o consumo deles. O ativismo vegano em todas as frentes não pôde salvar os animais que hoje já estão mortos e embalados nos supermercados e açougues, mas tenta fazer avançar a consciência sobre o nosso modo de vida calcado no uso de animais e derivados.

Depois de tantos anos à frente do Jornal Nacional junto do marido Willian Bonner e agora comandando um programa só dela, será que a Fátima Bernardes precisa mesmo? E a Angélica, desde menina na televisão? E o seu marido, o Luciano Hulk? E o Tony Ramos, garoto propaganda da Friboi?

Não. É certo que todos eles passam bem longe de serem pessoas pobres e até poderiam ter declinado de convites para fazer publicidade para a Seara, Perdigão e Friboi.

Mas a questão é que eles não se importam com o fato de animais serem mortos todos os dias nos matadouros. E não escolhem os seus trabalhos pautados em produtos éticos, pois o que importa é o dinheiro.

Será que nunca em suas vidas tiveram contato com algum vídeo, alguma notícia sobre o que acontece aos animais? E já que não pensam nos animais, que é o principal motivo, a grave questão ambiental trazida pela atividade, com o esgotamento dos recursos hídricos, desmatamento e aquecimento global também não os sensibiliza?

Não têm mesmo consciência ou foram cegados pela ganância? Sorriem e se mostram tão felizes, ao demonstrar e degustar os produtos que envolvem a morte de animais! Como se fosse o convite a um parque de diversões.

Embutidos e câncer - A divulgação pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 26 de outubro de 2015, do relatório afirmando que carnes processadas, os tais embutidos, como lingüiças, bacon e presunto são produtos causadores de câncer, trouxe preocupação à apresentadora Fátima Bernardes.

O colunista Ricardo Feltrin, do site UOL, divulgou em matéria no dia 1º de novembro (replicada em diversos portais) que a jornalista e apresentadora não iria mais divulgar os embutidos para não vincular sua imagem a produtos “vilões da saúde”.

A empresa negou, mas de fato, a partir daí ela começou a apresentar outros produtos da Seara (que também é uma marca da Friboi), e agora está anunciando perus e tender para as celebrações de final de ano.

Se a apresentadora ficou preocupada com a associação de sua imagem a produtos considerados cancerígenos, o mesmo não se dá em relação ao vínculo de sua imagem com o incentivo à morte de animais e aos danos ambientais.


 Ana Maria Machado

domingo, 29 de novembro de 2015


Manifestação na Liberdade pede Natal de paz para os animais

Números mostram sobre a enorme mortandade de animais nessa época

Animais são mortos o ano inteiro para serem transformados em alimentos sem que sejam considerados os seus direitos como seres sencientes que são. Com as festas de final de ano, a comilança é exacerbada e muito mais animais são massacrados. E o espírito propagado de celebração de um Natal feliz com familiares e amigos, a paz, o amor, tudo é traduzido com animais mortos sobre as mesas.  

Para trabalhar com esse tema, o grupo Frente Animalista Unida (FAU) realizou no sábado, 28, sua última intervenção do ano, próximo à Estação Liberdade do Metrô.
Participantes distribuíram DVDs sobre veganismo, folhetos divulgando receitas salgadas e doces sem ingredientes de origem animal, sobre os impactos da produção da carne no meio ambiente, além de falas de ativistas em um megafone.

Ganharam versões favoráveis aos animais e foram cantadas algumas vezes, as músicas Jingle Bells (Johne Castro); De Novo é Natal (Eline Bélier e Annita Revi) e Noite Feliz (Magali Fortes), além de terem sido proferidas palavras de ordem tais como: Por um Natal Decente, Não coma um inocente; Na minha ceia de Natal não tem cadáver de animal; Em nossa ceia natalina, não entra a carnificina; Vou pedir um obséquio, não devore o Presépio; Para ter um bom Natal não devore um animal; Tá na hora de acordar, Tá na hora de amar. Uma ceia de Natal invertida foi montada, onde os corpos eram de humanos no lugar dos animais, para sensibilizar sobre a necessidade de nos colocarmos no lugar do outro.



“São mortos 100 milhões de perus em todo o mundo, para servir a festa que celebra a vida”, discursou Sergio Levy, do Grupo FAU. E a indignação, além do fato das aves perderem as suas vidas, também se dá por conta de todo o sofrimento por que passaram antes de terem as suas gargantas cortadas e de serem jogadas em um tanque de água fervente.

Conforme pesquisou o ativista, nessa época do ano são mortos no Brasil 8,5 milhões de bois; 8,5 milhões de porcos; 1,4 bilhões de frangos, além de um número imensurável de peixes.

“Não podemos celebrar a vida com sangue de inocentes, mas as pessoas estão alienadas dessa realidade, ou preferem não enxergar, fingir que não é com elas”, disse Levy em sua fala. “Animais não existem para nos servirem de alimentos ou qualquer outra coisa que não seja o propósito de suas vidas”, reforçou.



O Grupo FAU existe há um ano e vem realizando intervenções mensais na Liberdade, sempre levando um tema para sensibilizar os transeuntes. “Nós vamos continuar as atividades no próximo ano, sempre aqui na Liberdade, no último sábado de cada mês”, lembrou uma das coordenadoras do Grupo FAU, Annita Revi, que discursou no evento em prol da inclusão dos animais na esfera da ética e do respeito e pela adesão ao veganismo.

Jingle Bells

Jingle Bells, Jingle Bells, vamos celebrar
O Natal sem matar, amigos animais
Jingle Bells, Jingle Bells, vamos festejar
O Natal e deixar, os animais em paz
Hoje a noite é bela, juntos eu e eles
Vamos celebrar,  um mundo de paz
Ao tocar o sino, sino pequenino,
Vamos festejar,  sem animais matar.




Ana Maria Machado
29\11\2015



segunda-feira, 23 de novembro de 2015

   Aplicativo lançado visa otimizar ativismo pró animais
                       Expectativa é reunir 200 mil pessoas em 2016
Aplicativo 
Entrou em funcionamento o APP LibertAÇÃO que passa a contribuir com as ações voltadas aos animais. Essa nova ferramenta possibilita a divulgação em tempo real de tudo que se relaciona à causa, entre notícias, protestos, denúncias, petições, eventos, produtos veganos, e contribuições a favor dos animais.

Disponível em Android, o aplicativo é gratuito e para obtê-lo basta entrar no Google Play e pesquisar por “Libertação”. Em seguida aparecerá esse porquinho verde indignado e então é só instalar o aplicativo, que estará em constante atualização visando sua efetividade. Em breve deverá ser criada uma versão para IOS e Windows Phone.

Após sua instalação será possível informar-se sobre tudo que envolve questões relativas aos animais. E para publicar eventos e ações em geral, deve-se clicar nos três pontos do lado superior direito do APP aberto, inserir os dados completos, a foto (na barra preta), e enviar.

“Trata-se do primeiro aplicativo vegano 100% voltado ao ativismo e ações veganas”, disse o mentor da proposta, Daniel Dan. De acordo com ele, o aplicativo difere de todos os outros porque vai muito além de um cadastro de eventos e ações veganas.

O objetivo, conforme explica, é o de “viralizar” todas as ações pelos animais, permitindo que a velocidade da informação traga mais ativistas para protestos, mais assinaturas em petições, eventos veganos mais cheios, contribuições para ONGs alcançando o objetivo em dias/semanas e não meses, além da aproximação de protetores com o veganismo.

“Imagine 200 mil ativistas recebendo um alerta no celular de que precisam assinar determinada petição, ou mandar e-mails e mensagens para o gabinete de um político, ou serem notificados, por região, de um protesto que vai ser realizado”, exemplificou. Dessa maneira, de acordo com Daniel, vai aumentar o envolvimento nas ações divulgadas, já que prevê um alcance de até 95%, ao invés dos 5% do alcance dos avisos postados no facebook, por exemplo.

Eventos publicados - Ao entrar em funcionamento, os primeiros eventos informados por participantes foram a Mostra Animal, no RJ, no final de semana; A Semana Terráqueos de 23 a 29/11; Manifestação pelo reconhecimento dos animais como seres sencientes, no dia 29, às 16h, na Praia do Arpoador, Veganic em Goiânia, dia 05/12, uma petição contra o massacre de leões e uma petição do grupo Tropa de Resgate.

Desde o lançamento, no último dia 19/11/2015, 530 pessoas já instalaram o LibertAÇÃO.

Ana Maria Machado
23/11/2015


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Fim de semana teve ativismo pelos 

animais

Ativismo em frente ao MASP


Em São Paulo, em frente ao MASP, das 14h às 18h do domingo, (dia 1\11\2015), ativistas distribuíram panfletos explicando sobre o veganismo, além de proporcionar a degustação de salgados e bolo feitos sem nenhum ingrediente de origem animal.

O evento foi organizado pela ativista Laura Kim, que buscou os patrocínios para a impressão dos folhetos e para oferecer a degustação. “Fui convidada para dar aula de culinária vegan em Vitória, no Espírito Santo, no dia 31, e então pensei que seria importante realizar também um ato em São Paulo, aproveitando o movimento de domingo da Avenida Paulista”, disse.

O estudante do ensino médio, Lucas Murched, que estava em frente ao MASP, recebeu um folheto e comentou que ficou sabendo há três anos que uma amiga era vegetariana. Essa foi a primeira vez que ele entrou em contato com o assunto. “Minha amiga me convidou para comer na casa dela algumas vezes e não tinha nada de carne”, disse o jovem. Ele degustou um salgado e elogiou.

A recém formada em medicina, Mariana Facchini, que também passou pelo local, disse que ficou seis meses sem comer carne, mas que tem problemas com anemia, e por isso voltou a comer peixe e frango, mas evita as carnes vermelhas. Essas e outras pessoas que se interessaram em parar para conversar e apresentar suas dúvidas, receberam orientações dos ativistas, na medida do possível. 

VEDDAS – A ONG VEDDAS - Vegetarianismo Ético Defesa dos Direitos Animais e Sociedade programou algumas atividades em alusão à data, como a proposta do seu Grupo de Teatro voltado à temática da exploração animal de sair fazendo intervenções na Avenida Paulista desde a Praça Oswaldo Cruz, até o Center 3, a partir das 16h.

Estava chovendo bastante no horário e por esse motivo não foi possível realizar o trajeto. “Devido à chuva fomos para dentro dos trens do Metrô e realizamos as intervenções por mais de 1h30”, comentou a coordenadora, Chris Cordovil. O pic nic vegano programado para o Ibirapuera também foi realizado em local coberto. Também estava presente na Avenida Paulista, a partir das 18h, O VEDDAS CARTE, que desde 2010 exibe vídeos tendo como slogan “A Verdade sem Cortes”. O VEDDAS também preparou eventos para Araraquara, Sorocaba e Ribeirão Preto, onde possui núcleos.

Go Vegan – O Grupo Frente Animalista Unida (FAU) realizou mais um evento de conscientização sobre a ética aos animais, no sábado, 31, próximo à estação Liberdade do Metrô. Participaram cerca de 60 ativistas para trabalhar com o tema - “Animais não- humanos, vitimas de uma sociedade violenta!”. Além dos discursos e distribuição de folhetos foi realizada performance animalista ao som da música da Banda Pink Floyd: Another brick in the wall.

Grupo FAU
Manaus - Outras localidades brasileiras realizaram eventos para lembrar o Dia Mundial Vegan como o Piquenique Veganic, organizado pelo grupo VEGetariANOS, no Parque Jefferson Peres, no Centro de Manaus, com o objetivo de compartilhar experiências e receitas. Cada participante levou um prato sem nenhum produto de origem animal e entre as especialidades estavam: pão com patê vegano, bolo de castanha e de laranja, bolinhos de batata com legumes e suco verde. (New.D24.com).

Dia Mundial Vegano - O dia 1º de novembro é considerado o Dia Mundial do Veganismo (World Vegan Day) e foi instituído em 1994, quando a Vegan Society da Inglaterra completava os seus 50 anos de criação. Portanto, o Dia Mundial Vegano é comemorado há 21 anos e sua criação é atribuída à ativista Louise Wallis.

Embora a data não seja conhecida pela maioria da população brasileira, aqui, e em outros países onde há comunidades de veganos, a data é lembrada com o objetivo de propagar a proposta de abolição do uso de animais em todos os campos onde ele acontece.

                                
                                      Garotas conversam com ativista e degustam salgado vegano
Debatendo o conteúdo do folheto
Grupo de Teatro VEDDAS

02\11\2015
Ana Maria Machado



terça-feira, 6 de outubro de 2015


Fechamento de abatedouro ilegal de porcos em Diadema possibilita nova vida a animais

Foram resgatados 28 suínos e um equino ao santuário em São Roque
Jumentinha no santuário
Resgate de porcos em criadouro clandestino no Bairro Eldorado, Região Sul de Diadema, no Grande ABCD, no dia 1/10/2015, transformou a vida de mais de 30 animais que viviam em péssimas condições e que tinham como destino certo a morte.
Os porcos foram resgatados por ativistas voluntários independentes, que executaram um difícil trabalho, e levados ao santuário na cidade de São Roque, o mesmo que recebeu os porcos resgatados no acidente do Rodoanel.
A responsável pelo santuário, Cintia Frattini, informou que para o local foram levados 28 porcos e mais uma jumentinha que está grávida e que já recebe toda a atenção e carinho. Além dos 28, outro porco macho grande não castrado, um cachaço, foi resgatado a outro local devido à falta de um espaço específico para ele no sítio, já que há fêmeas no cio. 

Os animais saíram de um ambiente repleto de lixo, entulho e total falta de condições sanitárias para um local onde podem exercer livremente sua natureza. Eles deverão ser colocados para adoção.
Devido ao abate de cerca de 36 milhões de porcos ao ano no Brasil, sair dessa estatística macabra foi uma grande sorte para esses poucos animais.
A ação foi realizada por policiais civis da Delegacia do Meio Ambiente de Diadema (Demacro) com o apoio de órgãos da Prefeitura de Diadema.
Conforme noticiou o site Vista-se no dia, a Polícia civil pediu apoio dos ativistas para que conseguissem um local para levar os animais apreendidos. Avisados com antecedência já chegaram ao local com um caminhão alugado para o transporte e o resgate levou dois dias. A propriedade estava cheia de lixo, entulho, roupas jogadas e comida estragada.

De acordo com informações da Polícia Civil, no local ainda ficou constatado que os dejetos dos animais eram despejados em solo permeável e com o respectivo escoamento num curso d’água, o que também configurou crime ambiental, além do crime de maus-tratos aos animais. Leis estadual e do município em questão vetam criação de animais por se tratar de área 100% urbana.








 Divulgação/ativistas/Mago Feraimam

Ana Maria Machado
06/10/15


sábado, 26 de setembro de 2015







Manifestação pelo fim dos abatedouros é realizada na Liberdade

Evento contou com cerca de 50 ativistas

Ativistas do Grupo Frente Animalista Unida (FAU) realizaram no sábado, 26/09/2015, manifestação pacífica em frente à Estação Liberdade do Metrô, em São Paulo.

Portando cartazes, faixas e máscaras de animais, os ativistas proferiram palavras de ordem, como: Não como carne, não uso couro – Eu quero o fim do matadouro; Matadouros o que são? – Campos de Concentração;  Se coloque como igual – No lugar do animal; Tá na hora de parar – Tá na hora de acabar, entre outras, e cantaram a música: Amanhã vai ser outro dia, de Chico Buarque.

As frases foram repetidas diversas vezes durante o ato que teve início às 12h30 e foi até às 14h, inclusive em frente à loja da rede Mc Donalds do local. Vários ativistas se revezaram no megafone para falar sobre o tema, inclusive com a divulgação de dados de animais abatidos no Brasil. “São 35 milhões de bois por ano, 36 milhões de porcos e mais de 5 bilhões de aves”, afirmou o ativista Sergio Levy, em seu pronunciamento.

A proposta evoca o movimento mundial surgido na França em 2012: Fermons les abattoirs e também homenageia o movimento 269, de Israel, que realiza ações impactantes pelo reconhecimento dos direitos animais.

Na manifestação também houve a encenação de abate de dois animais, um boi e um porco, com dois ativistas vestidos de branco, enquanto os demais manifestantes emitiam sons de animais em sofrimento.

Vegana há dois anos, após o impacto dos vídeos A Carne é Fraca e Terráqueos, Valéria Nunes Pereira soube da manifestação pela internet e resolveu participar.

O Grupo FAU surgiu há nove meses na cidade de São Paulo e conta com ativistas de diversas cidades de São Paulo e outros estados. A Frente pauta as ações em todos os campos de uso e exploração dos animais mas prioriza dar relevância e visibilidade a um determinado tema a cada manifestação.

Ana Maria Machado
27/09/15


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Críticas ao ativismo pela causa animal mostram preconceito e comodismo

 

Desprezo pelos animais em geral motiva ataques às ações de defesa e proteção


Está se tornando costumeiro em redes sociais criticar os ativistas e adeptos da causa animal por defenderem essa e não outra causa.

O acidente da carreta com porcos no rodoanel no dia 25/08/15 mobilizou ativistas no resgate e campanha de doação para ajudar nas despesas com os animais levados a um santuário.

Por esse motivo logo começou a circular mensagens desmerecendo a causa como a que fazia a comparação entre a campanha voltada aos animais, que conseguira arrecadar quase R$ 100 mil em uma tarde, e outra voltada a arrecadar fundos para uma causa humana. 

Foi largamente demonstrado inconformismo pelo fato de pessoas doarem dinheiro para salvar porcos que afinal estavam indo para um matadouro, como se isso fosse uma inversão de valores.

Todo o sofrimento que esses animais estavam passando não contava, pelo fato de considerarem que as causas humanas são mais importantes e mais urgentes, e por se tratar tão somente de porcos criados para alimentação.

Por incrível que pareça também a morte do menino sírio Aylan uma semana depois do acidente com os porcos serviu de pretexto para que grupos voltassem a criticar quem se preocupa com animais. Agora o enfoque era de que os grupos de defesa animal não iriam fazer nada para salvar a vida de crianças vítimas do Estado Islâmico e que os defensores de animais estariam silenciosos diante dessa tragédia. 

O sentimento que se percebe é de que causa indignação a muita gente o fato de existirem pessoas que se preocupam com animais com tantas causas mais importantes para se defender, de acordo com essa visão.

A foto publicada da criança morta comoveu o mundo inteiro, chamando a atenção sobre a tragédia que se abate sobre essa população e serviu para uma mudança no rumo da política européia para os refugiados. A imagem dói, dói demais, e por que motivo uma pessoa que defende animais não se comoveria também? Impossível não sentir tristeza e indignação profunda diante desses acontecimentos.

Ficou evidente o oportunismo daqueles que se aproveitaram da tragédia para criticar quem milita pelos direitos animais visando diminuir uma causa que tem em seu centro seres de outras espécies e não a nossa. É como se suas vidas e sofrimento não tivessem nenhuma importância, afinal são apenas animais irracionais, mercadorias.

Defender os direitos animais não significa desprezar o sofrimento e as causas humanas.  Significa abraçar também a causa de quem não tem como se defender, buscando o reconhecimento dos seus direitos como seres sencientes que são.

Ao que parece, a preocupação maior não foi em relação ao drama dos refugiados, entre eles o pequeno Aylan, e sim uma oportunidade para atacar os defensores de animais, devido ao incômodo que esse ativismo causa.

Se estivessem realmente preocupados, estariam ali discutindo e debatendo o que poderia ser feito para ajudar a essa causa urgente, sugerindo propostas, pedindo opiniões sobre o que fazer,  qualquer coisa, menos aproveitar para atacar a causa alheia.

Há preconceito e comodismo nessa postura em não reconhecer os animais como seres dotados de valor e merecedores de respeito, da mesma forma como os humanos.  

Boa análise sobre a questão das querelas a cerca do caso dos porcos do rodoanel pode ser relembrada aqui.


Ana Maria Machado

09/09/2015

sexta-feira, 5 de junho de 2015


  

Candidatos depenam galinhas no MasterChef da Band 

Chefs do programa humilham participantes


Nunca me passou pela cabeça ver o programa MasterChef da Band, que já tinha ouvido falar, porque não queria assistir os candidatos a chefs preparando pratos onde sempre o ingrediente principal é um corpo de animal. Para não passar raiva mesmo, vendo a continuidade de um modelo alimentar calcado na morte e exploração de seres sencientes. Por isso nem imaginava de que forma o programa era realizado.

Após topar com uma matéria no Caderno Ilustrada da FSP de 02/06/2015 sobre a chef argentina Paola Carosella, musa do programa e dona do Restaurante Arturito em São Paulo, me impus o desafio.

Nesta edição, a primeira turma ganhou uma caixa com ingredientes, incluindo peixe, para cozinhar, e a segunda deparou-se com galinhas brancas ainda com as penas, para serem depenadas antes da elaboração do prato. Curioso, não? Alguém costuma ver galinhas mortas, ainda com as penas, em supermercados ou açougues por aí?

Foi feito suspense antes de ser mostrada a primeira galinha morta e houve até participante que chegou a pensar que teria de matar algum animal antes de prepará-lo. Todos estão ali para produzir uma boa receita e continuar no programa e o animal assassinado apenas um ingrediente para esse propósito. Além da chef Paola, a mais rigorosa, dão opiniões sobre os pratos produzidos, os chefs Henrique Fogaça e Erick Jacquin. 

Fosse numa empresa qualquer, todos seriam processados por assédio moral. Mas é um programa, né? Onde os candidatos passam por diversas provas que testam a criatividade e a eficiência na cozinha e eles vão sendo eliminados. Arroz cru, coxas de galinhas cruas, má combinação de ingredientes, erros nos temperos, foram alguns dos resultados.

Ao invés dos ensinamentos e conselhos a partir dos resultados, da opinião educada, do respeito e incentivo, os candidatos que não se saíram bem nas tarefas sofreram um massacre no programa, além dos animais que já o foram antes, sendo as vítimas de sempre.

Para mostrar que é enérgica e exigente, a chef, com ajuda dos demais, levou candidatos derrotados às lagrimas, num misto de crueldade e escárnio.  

Na matéria da Ilustrada, Paola declara que não gosta de industrializados, enlatados, coca cola, e sim de coisas de verdade, “algo que ou saiu da terra ou de um bicho”. Diz que seria capaz de esquecer um tupperware no microondas, mas jamais um cordeiro na brasa. O cordeiro como se sabe é um bebê e isso não tem a menor importância para ela, bem como todos os animais que processa em seu restaurante.

Assim são os chefs ou candidatos a chefs. Com as mãos no sangue da culinária animalista, sem questionamentos, sem mudanças, para atender com seus requintes a sociedade mergulhada na prática exploratória e antiética.

Para além dos chefs dos cardápios onívoros, os chefs para uma culinária ética, sem ingredientes animais, reinventam receitas e conferem status a todos os ingredientes vegetais sem a necessidade de nenhum animal morto.  


A chef Laura Kim Barbosa já pilotou uma padaria que não utilizava nada de origem animal e atualmente ministra aulas de culinária vegan em sua casa, em São Paulo, e recebe convites para outras localidades, além de eventos especiais. Também mantém site sobre o tema e blog de receitas, além de produzir reportagens para o seu programa ‘Veganismo na TV’. 

Como ela conta, a proposta entrou em sua vida com a leitura de um material informativo do Instituto Nina Rosa, "A coragem de fazer o bem", que falava sobre a guarda responsável de cães e gatos, realidade dos rodeios, testes em animais e sobre veganismo. “Tudo o que eu li no folheto fez sentido para mim e me tornei vegana nesse mesmo dia”. 

05/06/2015
Ana Maria Machado

sábado, 16 de maio de 2015


Lei que proíbe aluguel de cães é aprovada em São Paulo
Entidade de classe vem a público e ameaça com morte de animais
Na rua onde moro tem um imóvel para alugar já faz alguns meses e há um cão de guarda no local. Dia e noite ele fica sozinho e sempre que passo por lá
tento interagir com o animal, conversando por meio de uma pequena abertura na porta.  Já levei comida em um feriado para colocar debaixo do portão pois achei que estava com fome.

Assim como esse cão, muitos outros estão nessa mesma situação de solidão e abandono em estabelecimentos industriais, na construção civil, empresas em geral, estacionamentos, galpões,  residências ou prédios desocupados, como o que presenciei. Muitas vezes sem cuidados veterinários e expostos ao risco e à morte.

Para terminar com essa utilização dos cães e todo o sofrimento envolvido foi aprovado, no dia 12/5/2015, na Câmara Municipal de São Paulo, em segunda votação, o Projeto de lei 55/2015, que proíbe a utilização de cães por empresas de segurança para fins de guarda, no município. O projeto ainda precisa da sanção do prefeito Fernando Haddad e posterior regulamentação.

Proposto pelo ex-vereador e atual deputado estadual, Roberto Tripoli, a proposta prevê multa de R$ 5.000 a todos os envolvidos com os atos previstos na lei, sejam pessoas físicas ou jurídicas e aplicada em dobro em caso de reincidência.

Já no dia seguinte, 13/5, o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada Segurança Eletrônica e Cursos de Formação do Estado de São Paulo (Sesvesp), João Palhuca, declarou em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo que a lei poderia condenar a morte cerca de 500 cães.

A alegação do presidente é de que os cães não podem ser doados devido ao tipo de treinamento que recebem, pois podem ser agressivos. Palhuca também alegou que o CCZ não poderá se responsabilizar por eles. "Vamos ter de achar uma maneira de descartar esses animais", declarou ao veículo. O que deixa bem claro qual é o envolvimento que as empresas têm com os animais, ou seja, se eles não vão gerar mais renda terão que ser descartados.       (http://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/edison-veiga/pelo-menos-500-caes-serao-sacrificados-acredita-sindicato/)

Outras alegações são de que o assunto segurança é de esfera federal e que a lei atingiria só as empresas legalizadas, afirmando que devem existir pelo menos mais mil animais gerenciados por empresas ilegais e que o poder público não teria como fiscalizar.

Em resposta às ameaças e desinformações, o Movimento Crueldade Nunca Mais, por meio de sua coordenadora Lilian Rockenback, solicitou intervenção do Ministério Público, além de elaborar resposta ao jornal, publicada na integra. (http://sao-paulo.estadao.com.br/blogs/edison-veiga/em-defesa-dos-caes/)

De acordo com o presidente da ONG Vegetarianismo Ético Defesa dos Animais e Sociedade (VEDDAS), George Guimarães, as declarações de que os cães poderão ser mortos têm o intuito de sensibilizar a opinião pública a ficar contra a lei para que seja vetada pelo prefeito. “Em primeiro lugar, é vedado ao médico veterinário eutanasiar animais que estejam saudáveis. Além disso, não cabe aos atuais ‘proprietários’ decidirem se o CCZ aceitará ou não os cães. Essa é uma afirmação sem qualquer embasamento”, afirmou.

Sobre o destino dos animais, Lilian Rockenback lembra que quando houver regulamentação da lei, entre as ações, “haverá alguma previsão de tempo para a doação desses cães”.
15/5/2015
Ana Maria Machado