segunda-feira, 14 de dezembro de 2015



Realizado ativismo de impacto pelos direitos animais no centro de São Paulo




Pessoas foram às lágrimas ao se depararem com ativistas do Grupo VEDDAS – Vegetarianismo Ético Defesa dos Direitos Animais e Sociedade - segurando animais mortos, em uma ação realizada na última sexta-feira (11) e sábado (12) no Viaduto do Chá, centro de São Paulo, das 12h às 15h.

Foi o caso da fisioterapeuta Fabiana Costa Muline, 22, que comentou Já ter ficado bem incomodada quando do acidente com os porcos do rodoanel e que agora se deparava com essa cena. “Eles também são seres iguais a gente”, disse chorando, e também muito sensibilizada com as falas sobre o uso dos animais na atualidade e o que acontece a eles.

A técnica de enfermagem, Silvia Almeida Santos, 46, foi outra que ficou bastante emocionada. “Nunca tinha visto uma campanha assim. Uma coisa é a gente ver na TV algo sobre animais, outra é ver assim, de perto”, declarou. “Eu fiquei tão impressionada, mas tem gente que está passando direto sem se importar com nada”, reparou. Silvia já tinha a orientação de diminuir a carne por conta de saúde, já que fez uma colectomia, e agora ficou motivada pelos animais.



O coordenador da ONG, George Guimarães, enfatizou que a ação tem o objetivo de convidar o público a fazer uma reflexão.

Os corpos dos animais foram obtidos do descarte da indústria de exploração animal, como cabeças de porco, cabeça de um bovino e de um peixe grande, vítimas do atual modo de vida alimentar. “São 70 bilhões de animais mortos a cada ano no mundo para alimentação e isso é aceito pela sociedade”, lembrou George.

Vítimas da moda (peles); vítimas da ciência (experimentação animal), vítimas de rinha; vítimas da religião, do abandono; vítimas do tráfico de animais e do desmatamento, também estavam representadas.

Os ativistas repetiram em coro, algumas vezes que: Animais não produtos, Animais não são objetos, Animais não são mercadorias. E, O que queremos? Libertação Animal; Quando? Agora; Vamos lutar por eles? Sim. Foram distribuídos folhetos sobre veganismo e orientações e conversas com as pessoas interessadas.

O ato é realizado há sete anos e  lembra o Dia Internacional dos Direitos Animais (DIDA), comemorado em 10 de dezembro.


Ana Maria Machado
15\12\2015
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Globais vendem suas imagens para aumentar o massacre de animais

Associar-se à divulgação de produtos antiéticos não é problema algum para apresentadores




                 Cartazes divulgam produtos que estão na geladeira em loja do Pão de Açucar




Enquanto ativistas colocam suas energias para levar a mensagem do veganismo e dos direitos animais à sociedade, artistas globais não se cansam de fazer comerciais para aumentar o consumo deles. O ativismo vegano em todas as frentes não pôde salvar os animais que hoje já estão mortos e embalados nos supermercados e açougues, mas tenta fazer avançar a consciência sobre o nosso modo de vida calcado no uso de animais e derivados.

Depois de tantos anos à frente do Jornal Nacional junto do marido Willian Bonner e agora comandando um programa só dela, será que a Fátima Bernardes precisa mesmo? E a Angélica, desde menina na televisão? E o seu marido, o Luciano Hulk? E o Tony Ramos, garoto propaganda da Friboi?

Não. É certo que todos eles passam bem longe de serem pessoas pobres e até poderiam ter declinado de convites para fazer publicidade para a Seara, Perdigão e Friboi.

Mas a questão é que eles não se importam com o fato de animais serem mortos todos os dias nos matadouros. E não escolhem os seus trabalhos pautados em produtos éticos, pois o que importa é o dinheiro.

Será que nunca em suas vidas tiveram contato com algum vídeo, alguma notícia sobre o que acontece aos animais? E já que não pensam nos animais, que é o principal motivo, a grave questão ambiental trazida pela atividade, com o esgotamento dos recursos hídricos, desmatamento e aquecimento global também não os sensibiliza?

Não têm mesmo consciência ou foram cegados pela ganância? Sorriem e se mostram tão felizes, ao demonstrar e degustar os produtos que envolvem a morte de animais! Como se fosse o convite a um parque de diversões.

Embutidos e câncer - A divulgação pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 26 de outubro de 2015, do relatório afirmando que carnes processadas, os tais embutidos, como lingüiças, bacon e presunto são produtos causadores de câncer, trouxe preocupação à apresentadora Fátima Bernardes.

O colunista Ricardo Feltrin, do site UOL, divulgou em matéria no dia 1º de novembro (replicada em diversos portais) que a jornalista e apresentadora não iria mais divulgar os embutidos para não vincular sua imagem a produtos “vilões da saúde”.

A empresa negou, mas de fato, a partir daí ela começou a apresentar outros produtos da Seara (que também é uma marca da Friboi), e agora está anunciando perus e tender para as celebrações de final de ano.

Se a apresentadora ficou preocupada com a associação de sua imagem a produtos considerados cancerígenos, o mesmo não se dá em relação ao vínculo de sua imagem com o incentivo à morte de animais e aos danos ambientais.


 Ana Maria Machado